Chefe do Deic, em SP, é sócio de empresa de segurança?
(Manchete da página inicial do UOL. 28/06/2007, extraída do jornal Folha de São Paulo)
Já enviei mensagem à Folha de São Paulo on-line, pedindo permissão para transcrever (leia-se copiar e colar) textos da Folha de São Paulo on-line, porque as restrições ao uso de textos jornalísticos, de editoriais, mesmo que sejam textos de não-jornalistas, mas de colaboradores, são bem restritas. Não recebi resposta alguma, portanto, não transcreverei esses textos – para não fazer a alegria do crime organizado, que perde um tempo danado comigo, tentando me fazer cair em armadilhas para que eu seja alvo de processo – mas tomo a liberdade – porque considero meu direito constitucional o de emitir uma opinião pessoal e intransferível sobre o assunto abordado em “Chefe do Deic, em SP, é sócio de empresa de segurança”.
Estou tão chocada com a manchete, e não há como duvidar dela, pois faz parte de denúncia ao Ministério Público, ou seja, não é “nota plantada” com intuito de desmoralizar por desmoralizar, que retomo um assunto que abordei há pouco tempo, quando fiquei sabendo que há “cursinhos preparatórios” para mascarar a realidade do ensino público e do privado. Trata-se do assunto de que há “cursinhos preparatórios” para que os participantes tenham melhores resultados no Enem – Exame Nacional do Ensino Médio – implantado, exatamente, para avaliar as condições de aprendizagem dos alunos de escolas públicas e particulares, no final do Ensino Médio (antigo Colegial, 2.º Grau). Ora, se os educandos, que têm condições de pagar por um curso preparatório por um exame que, inclusive, conta como créditos para o Vestibular, mascaram os desempenhos de escolas públicas e de escolas privadas, então, nunca haverá perspectiva de melhorar absolutamente nada nem de cobrar que as verbas destinadas à EDUCAÇÃO FORMAL sejam corretamente distribuídas.
O que se nota, na verdade, há muitos e muitos anos, é que todos querem ganhar dinheiro de alguma forma e NÃO PRESTAR OS SERVIÇOS PARA OS QUAIS FORAM DESIGNADOS POR MEIO DE CONCURSO OU DOS ASQUEROSOS “CARGOS DE CONFIANÇA” OU PARA OS QUAIS TENHAM ABERTO UMA EMPRESA – no caso específico, aberto escolas particulares para esse fim – e, desse modo, qualquer um se considera no direito de burlar todas as normas de cidadania ou de capitalismo selvagem (ups! Capitalismo selvagem não tem regras e normas; tem apenas um objetivo que é o de ganhar dinheiro e os otários que recorrem aos serviços deles que se ardam). Para conseguir esses objetivos, certamente, esses “traders” tupiniquins conseguem até financiamento junto aos órgãos que deveriam investir no SOCIAL e beneficiar toda a sociedade, principalmente aqueles que cumprem as obrigações e não recebem os serviços que, supostamente, o dinheiro dos impostos, taxas e afins deveriam financiar.
Ainda sob o impacto dessa manchete de que chefe do Deic é sócio em empresa de segurança, começo a ter a impressão de que a Polícia, de modo geral, não presta os serviços que deveria prestar – por força de Constituição Federal, de Constituição Estadual e por aquela que rege os municípios, de cujo nome não me lembro, não apenas por questão de falta de investimento e de emprego correto da verba destinada à Segurança, mas porque o excelente desempenho de todos os níveis de polícia (federal, estadual, municipal) tiraria da “boquinha faminta” do crime organizado uma de suas melhores fontes de renda: empresas particulares de segurança.
Que horror, que vergonha! Sinto-me ultrajada pelo fato de um funcionário público estar ganhando dinheiro às custas da desgraça social. Foram os corruptos que aumentaram o número dos criminosos. É a corrupção que educa para o mal, pois quem viu os pais honestos morrerem de trabalhar, sem jamais obter o retorno que é o cumprimento dos direitos de cidadania, passa a considerar que não vale a pena trabalhar de modo honesto, pagar os impostos e nunca conquistar os direitos mínimos de cidadania nem poder exercê-la, pois os corruptos e corrompidos estão muito ocupados em aumentar o capital obtido de modo selvagem.
Que esse chefe do Deic receba punição exemplar, pois é um dos corrompidos pela realidade de que funcionário público nunca terá dinheiro para morar em condomínio fechado, pertencer a associações fechadas. Também, não precisa tanto, é o meu modo de pensar, basta ter Qualidade de Vida no Trabalho, que engloba condições ideais de trabalho, salário justo pela função que exerce, viver a vida de modo saudável e, principalmente, dar ótimos exemplos para os filhos, netos, bisnetos e, assim, a sociedade se torna mais justa, o Estado se torna mais justo, o País se torna mais justo e o mundo, estupefato, procurará seguir os mesmos bons exemplos.
Todavia, medíocres – tiny man, huge ego – explica por que os medíocres sonham alto e, para realizar os sonhos, pisam em quem estiver no caminho e transformam o País inteiro em um bando de otários.
Melhores explicações na próxima inserção: Tiny man, huge ego.
Continuo extremamente chocada com a manchete “Chefe do Deic, em SP, é sócio de empresa de segurança”, porque antevejo as conseqüências se mais funcionários públicos do Judiciário, em todas as cidades do Brasil, estiverem procedendo da mesma forma. Assim, não há corporação policial que se sustente e justifica tantos Boletins de Ocorrência que tenho registrado e nenhum teve seqüência, ao passo que UM Boletim de Ocorrência registrado contra mim foi resolvido em menos de quinze dias: fui chamada à Delegacia, denunciada por um esquizóide e sua namorada de sobrenome muito notório, na metrópole de Itu, notório por um sobrenome que sempre viveu às custas do dinheiro público de dos “bons contatos” com integrantes do Executivo e do Legislativo “da hora”, e como digitei, essa denúncia teve prosseguimento em menos de quinze dias.
Enquanto isso, a chácara de nossa família, à mercê de empresas de segurança que querem que paguemos pela segurança (construir muros, instalar cercas elétricas, câmeras de vigilância, pagar pelo monitoramento, pagar por segurança motorizada que, na hora da ocorrência, nos orienta a fazer Boletim de Ocorrência, dá recado para ser dado ao delegado, se o mesmo aparece na Delegacia, caso contrário, dar o recado para o escrivão que redige o Boletim de Ocorrência) e, mesmo que peguemos o ladrão, na unha, o máximo que será feito será identificá-lo, ou que nome tenha no linguajar jurídico – mandá-lo embora, porque o investigador, quiáquiáquiá, dará procedimento às diligências. Ora, a chácara é residencial, não dá lucro, só despesa – mas foi adquirida de modo honesto e tem toda a documentação e paga os impostos e taxas – e fica a dúvida: de onde tirar dinheiro para sustentar os “traders tupiniquins” que não garantirão, em absoluto, a segurança do imóvel?
Claro, otária, vendendo o imóvel para quem não tem como justificar o dinheiro sujo que tem, que usará “laranjas” para adquirir o imóvel por um preço bem baixo e o repassarão por um preço absurdo. As imobiliárias de todo o País que expliquem melhor essa tática do crime organizado.
Por que não alugar o imóvel, então, por um preço bem acessível, pois, pelo menos, haverá pessoas tomando conta do imóvel? Porque quem aluga por preço bem acessível, menor do que o imóvel vale, está financiando as ações do crime organizado, que instala, no imóvel, centrais clandestinas de telefone, de transmissão de energia elétrica, de consumo de água. Só os criminosos lucram e os donos do imóvel ainda correm o risco de os criminosos venderem o imóvel à revelia deles. Se deixar o IPTU para ser pago por quem aluga, está tudo danado, porque os criminosos que se aboletam em Prefeituras – por isso se chama crime organizado, os parasitas ocupam todos os setores da sociedade – conseguem com que o imóvel seja “repassado” de propriedade, vai a leilão, um dos criminosos aboletados em todos os setores da sociedade se apropria dele.
Nossa, que imaginação fértil a minha! Como explicar, então, que a pavimentação em frente ao referido imóvel que tem sido invadido mensalmente, furtado, alvo de vandalismos, como arrancar o lavatório do banheiro social e atirá-lo do alto de uma das janelas de um dos dormitórios, tenha sido “de grátis”, sem saneamento básico, energia elétrica e as máquinas que “abririam” o leito da pavimentação estavam para derrubar uma cerca de aramado construída no ano anterior e, questionado, o secretário de obras ousou sugerir que a faixa atingida pelo alargamento fosse “incorporada” à pavimentação, sem pagamento de indenização?
Nossa felicidade é que, apesar do imenso número de calhordas, os Anjos da Guarda que nos respeitam, pela memória de Agenor Bernardini e de Adalgisa de Souza Bernardini, felizmente pais desta família, nos avisam a tempo. O que não impediu o crime organizado de deslumbrar nosso caseiro (que morava de graça, não pagava consumo de água nem de luz, com assinatura de telefone para emergência, recebendo salário para serviços mínimos de vigiar a propriedade e mantê-la sem mato, impedir a entrada de estranhos) e torná-lo um gigolô de serviços terceirizados, recendo, por fora, para nos prejudicar e ajudar o crime organizado. Adoraria que o ex-caseiro em questão me processasse, pelo menos saberia o paradeiro dele, para pedir os nomes de todos os calhordas que enfiou lá na nossa ausência, de todos os calhordas a quem obedeceu com o objetivo de nos dar só prejuízo, para que jogássemos a toalha e vendêssemos o imóvel, e, principalmente, para prestar contas de onde veio o dinheiro para suas negociatas e por que saiu do serviço como caseiro de um modo que parecia que o diabo estava atrás. Agora, ex-caseiro, qualquer um que se apresente como candidato ao serviço, terá que esperar que coloquemos a moradia em condições habitáveis, refazendo todo o serviço da parte elétrica (que foi colocada em absoluta ordem antes de sua entrada), que serviu, também, para que ganhasse um “extra”, porque o que o caseiro ganhava como aposentado, sem pagar por moradia e as despesas dessa moradia, além de um salário mínimo, com férias, décimo terceiro, e, assim mesmo, teremos que fazer uma pesquisa, pedir folha corrida, para saber a quem serve como lacaio, antes de exercer o serviço para o qual foi contratado.
Diante da manchete do chefe do Deic que é sócio de empresa de segurança, terei que procurar os “patrões” do próximo caseiro dentro do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e em todos os demais setores da sociedade.
Agora, entendo, também, por que, ao entrar em portas giratórias de bancos, fico presa! Medíocres controlando o botão que trava e destrava, a serviço de empresas de segurança que têm, como sócios, pessoas que não poderiam ser sócias de empresas de segurança, pois se prostituem e não prestam os serviços públicos que deveriam prestar.
Como no caso de funcionários do Quadro do Magistério (de qualquer hierarquia) que “boicotam” o serviço para favorecer terceiros, a quem reclamar pelas péssimas condições de trabalho? Ao Sindicato? Já liguei para a Apeoesp, pois estou sendo punida, financeiramente, por não ter optado para receber minha aposentadoria pelo “banco oficial”, estou tendo que deixar, do meu salário, doze reais por taxa de manutenção (já redigi um requerimento, pedindo, por escrito, explicação para isso) e a Apeoesp, além de não tocar no assunto, por meio dos Boletins, contatada por telefone, Salto / SP, até agora não deu uma resposta sequer. Telefonei para o Departamento Jurídico da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo e, ao ser repassada para ele, aguardei por quase cinco minutos o telefone tocando e ninguém me avisou, pelo menos, que, no Departamento Jurídico “não tinha ninguém”.
Ou o telefone de minha casa está grampeado por uma dessas empresas de segurança com sócios do Poder Judiciário, do Poder Executivo, do Poder Legislativo e as ligações são desviadas por centrais clandestinas? Ah, é, a Telefônica garante que não existem centrais clandestinas na metrópole de Itu. Mas tem funcionário que pertence ao crime organizado. A Operação Hurricane (se não estou enganada: correção, Operação Têmis) provou isso.
Tá contaminado, tá tudo contaminado! São os que mais privatizaram as empresas que não cumpriam as funções por falta absoluta de investimento e de falta de vigilância sobre o dinheiro que deveria ser destinado a elas mesmas. A desconstrução do Estado vinha se arrastando há longos anos. Deram o golpe fatal, privatizando o que não poderia ser privatizado, em vez de auditorar as empresas privadas que não pagavam impostos ou os pagavam para corruptos. Quero que FHC e o PSDB, os que mais privatizaram e fizeram contratos para privatização para valer após o término de seus mandatos, vão, inteiros, para as PsQosP. Não vigiam ou não querem vigiar o que os integrantes do crime organizado, concursados ou ocupantes de cargo de confiança fazem contra a sociedade inteira, em benefício de pouquíssimos.