Por que há investimento privado para os cargos em eleições municipais, estaduais e federais? sábado, jun 30 2007 

Porque, após eleitos ou em cargos de suplentes, todos ganham por meio de legislar em benefício de criminosos do colarinho branco.
Quando pagamos nossas obrigações de cidadãos em dia, ficamos "p" da vida de saber, no final do ano, que os inadimplentes foram beneficiados com o "calote" e, certamente, o dinheiro que deveriam ter repassado para o município, para a unidade da federação ou para a federação foi parar nos bolsos dos mestres-salas e em contas no exterior.
Os caloteiros costumam argumentar que o dinheiro seria desviado e não utilizado para o bem da comunidade. São psicopatas, portanto, corruptos de nascimento, porque alimentam e azeitam a corrupção endêmica.
Na verdade, pelo poder que têm, em dinheiro, deveriam ser os primeiros a fazer parte de uma Transparência Brasil, por exemplo, os primeiros a impetrar ações no Ministério Público, para denunciar e, por meios legais, colocar os que corrompem na cadeia, no lugar dos piolhentos que a corrupção gera.
Assim, são os corruptos, os corrompidos e os piolhentos que continuam a azeitar a depredação da sociedade civil, a ponto de, hoje, não haver outra saída a não ser a reorganização do Estado, de modo que os corruptos e corrompidos DEVOLVAM tudo o que furtaram, amparados por aqueles que legislam em favor da corrupção.
Em 03 de abril de 2005, consegui, por meio de um texto de Josias de Souza, Folha de São Paulo, entender como uma construtora conseguira ressurgir das cinzas a que ela mesma afundou, hipotecando um edifício em construção, à revelia dos proprietários, não honrando com a hipoteca e, gravíssimo, recebendo, apesar de iúmeros processos trabalhistas e outros, receber, do BNDS, dinheiro para construir outro empreendimento que lesou outros proprietários, que enfiou no nariz, mas, certamente, não ficou sem se apossar de dinheiro, escondido em nomes diferentes.
 A culpa de mais esse crime – o ressurgimento da construtora, agora em outra unidade da federação, se deve a legisladores e aos que, supostamente, deveriam defender os interesses do Estado. Os legisladores municipais, estaduais ou federais foram eleitos com "verbas" de origem duvidosa – em vez de pagar os impostos, pagam aos que os livrarão da puniçã – e aqueles que deveriam proteger os interesses do Estado – agora sei disso – impotentes diante do perdão generalizado aos caloteiros, apenas se vêem diante da obrigação legal de cavoucar os processos e livrar os caloteiros de seus calotes, publicados em Diário Oficial da União.
Aparentemente, os que deveriam proteger os interesses do Estado e permitir justiça social estão naquela fase de cinismo, descrença, despersonalização em que nada mais os afeta, a não ser quando são alvos de suspeita e os patrões do crime organizado os deixam falando sozinhos, pois não tiveram nada a ver com aquilo tudo.
Ler o texto para entender a que me refiro, mas ler com atenção.
Dá-lhe, Josias de Souza! Meus respeitos. As informações que obtive por meio do texto que transcrevo adiante me possibilitam, inclusive, acordar a letargia do advogado de nossos processos contra a construtora que nos lesou e continua a nos lesar, apesar de um processo da parte de quem não recebeu pela hipoteca, já com dez anos em trâmite, estar em terceira instância.

Forrada com pedras de brilhante a rua da sonegação

JOSIAS DE SOUZA
COLUNISTA DA FOLHA

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0304200515.htm

(Portanto, o texto foi publicado em 03/04/2005, no jornal Folha de São Paulo)

Localizado o céu do sonegador: fica no centro do espaço infinito que separa a formalização das dívidas tributárias do ato de cobrar. Ali, a sonegação encontra a paz eterna, sob os auspícios do Estado, senhor oni(m)potente.

No apagar das luzes de 2004, o Congresso aprovou uma lei que repavimentou o calçamento que leva ao Éden do calote. Encontra-se agora ladrilhado com pedrinhas de brilhante, para o sonegador passar.

A nova lei (11.051) nasceu de medida provisória (219) de Lula. Foi aprovada, sem alarde, em 29 de dezembro de 2004, entre o peru do Natal e o champanhe do Ano Novo. Injetou-se no texto um artigo (6º) redentor. Autoriza a Justiça a decretar a prescrição de milhares de débitos fiscais e previdenciários.

O artigo acomodou na fila do paraíso débitos que podem roçar a casa dos R$ 100 bilhões. São dívidas que, por incontroversas, estão inscritas na dívida ativa da União. Graças à incompetência do governo em cobrá-las, vagueiam sem rumo pelos escaninhos do Judiciário. Juntos, os créditos do fisco e da Previdência que se encontram em fase de cobrança judicial somam cerca de R$ 350 bilhões. Estima-se que 30% desses débitos já ultrapassaram os prazos legais de prescrição -cinco anos para as pendências fiscais e dez anos para as previdenciárias.

Abaixo, um roteiro para entender a gênese da encrenca:

1) sempre que um débito fiscal é constituído, abre-se a fase de contestação. Vencidas as etapas de recurso, o governo emite um documento ("certidão de dívida ativa") que marca o fim da discussão em âmbito administrativo;

2) passa-se à fase de cobrança judicial. Formalizado o processo, o juiz intima o devedor a pagar em cinco dias ou oferecer bens como garantia. Um oficial de Justiça é incumbido de notificar o sonegador;

3) contam-se aos milhares os casos em que o devedor não é encontrado. Há também incontáveis casos em que, localizado o sonegador, o oficial de Justiça não consegue identificar bens passíveis de penhora;

4) no estágio seguinte, o juiz notifica o insucesso à Procuradoria da Fazenda Nacional e ao INSS. Cabe ao governo encontrar devedores e bens penhoráveis;

5) na maioria dos casos, a advocacia pública não consegue desencavar o paradeiro dos devedores e dos bens. Quando isso ocorre, o governo recorre à lei 6.830, de 1980;

6) a lei prevê, em seu artigo 40, a suspensão da cobrança por um ano, até que seja "localizado o devedor ou encontrados os bens";

7) decorridos os 12 meses, o juiz cobra uma posição dos advogados públicos. Não raro, o governo informa novamente à Justiça que não logrou encontrar nem os devedores nem os bens;
8) o juiz vê-se, então, obrigado a remeter os processos ao arquivo. Ali, as cobranças ficam à espera de que o governo cumpra com a sua obrigação. Há processos que dormitam no armário há mais de 20 anos;

9) foi nesse cenário que nasceu o artigo 6º da lei 11.051. Ele adiciona um novo parágrafo (4º) no artigo 40 da velha lei 6.830, aquele que permite a suspensão temporária das cobranças. O parágrafo injetado na lei diz o seguinte: "Se da decisão que ordenar o arquivamento [da cobrança] tiver decorrido o prazo prescricional [cinco anos para débitos fiscais e dez anos para as dívidas previdenciárias], o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato";

10) ao eximir-se de vetar a nova regra, Lula como que reconheceu a incompetência do Estado. Confessou, por assim dizer, a incapacidade do governo de cobrar um naco do bolo de dívidas fiscais e previdenciárias. E delegou aos juízes o poder de decretar a prescrição das cobranças;

11) investidos no papel de coveiros de processos insolúveis, juízes das varas de execução fiscal de todo o país entregaram-se à tarefa de revolver arquivos mortos. Só numa vara de Brasília, localizaram-se 26 mil causas caducas;

12) escudados na nova lei, os juízes cobram da Fazenda e do INSS um posicionamento em relação aos processos passíveis de prescrição. O passo seguinte será o sepultamento das causas;

13) o governo argumenta que o enterro coletivo será saudável. Alega que a maioria das execuções insepultas envolve dívidas de pequeno valor. Livres dos casos irrisórios, a União poderá concentrar-se na caça aos grandes devedores;

14) trata-se de uma meia-verdade. Aqui se revelou, em fevereiro de 2004, o caso da AGF Brasil Seguros, uma das maiores seguradoras do país. Devia ao fisco R$ 46,4 milhões. Valendo-se de sucessivos recursos judiciais, protelou o pagamento por uma década. Em 2002, invocou a prescrição do débito;

15) indeferido pelo escritório paulista da Procuradoria da Fazenda, o pedido subiu para Brasília. Em 16 de julho de 2003, já sob Lula, o Ministério da Fazenda declarou prescrita a dívida da AGF;

16) a verdade inapelável é que, sob o pretexto de produzir superávits fiscais, o governo impõe à advocacia pública sucessivos cortes orçamentários. Atira contra o próprio pé, mutilando a máquina coletora de tributos. Na Fazenda Nacional, cada procurador "acompanha" simultaneamente 5.530 processos;

17) Na Previdência, auditoria realizada pelo TCU em agosto de 2004, constatou que os procuradores não se davam nem ao trabalho de atualizar nos computadores o andamento dos processos de cobrança;

18) encostada contra a parede, a Previdência ordenou aos procuradores (memorando nº 2, de 10 de janeiro de 2005) "a depuração e atualização das informações do sistema informatizado, a fim de que retratem fielmente a situação dos créditos e devedores do INSS";

19) o trabalho de "depuração", ainda inconcluso, já detectou inúmeros processos que, paralisados há mais de uma década, estão prestes a ingressar no céu da sonegação. Sob a direção do honrado ministro Romero Jucá, recém-nomeado, os problemas da Previdência decerto serão sanados;

20) não é à toa que Brasília tenta desesperadamente impor aos contribuintes em dia com as suas obrigações novos aumentos da sobrecarga tributária.

 

O endereço atual do Blog do Josias de Souza é http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br

 

 

  

Pichação não é obra de arte, mas produção de mestre-sala do crime organizado sábado, jun 30 2007 

Existe um evento cultural, no Brasil e em outros países, denominado Carnaval que, no Brasil, apresenta a manifestação, embora bichada, denominada Desfile de Escolas de Samba.
O desfile de escolas de samba do Rio de Janeiro, apesar de ser "exclusivo" da Rede Globo e, portanto, sob suspeita de que todo mundo do crime organizado ganha, perdem os brasileiros que o prestigiam, servirá para introduzir a figura de linguagem (metáfora) sobre porta-bandeira e mestre-sala.
A porta-bandeira é uma sambista que, além de talentosa é belíssima, porque CARREGA o símbolo máximo da escola de samba, ou seja, a bandeira da escola de samba.
O mestre-sala reverencia a porta-bandeira e a bandeira, demonstrando todo o respeito por um dos símbolos máximos da escola de samba, embora toda a escola de samba, no local do desfile, procure transmitir o amor, o orgulho de uma comunidade e por essa comunidade.
Ao levar a IMAGEM da porta-bandeira e do mestre-sala para o terreno da figura de linguagem, embora os "piolhentos" (os lesados pela corrupção endêmica deste País, desde a data do descobrimento, portanto, ignorantes absolutos de quaisquer deveres e direitos que se atrelam ao cumprimento dos deveres) se atêm ao possível desprestígio que essa figura de linguagem possa causar à porta-bandeira e ao mestre-sala no sentido verdadeiro. Daí, as retaliações, porque o criminoso (os criminosos) costuma (costumam) desviar as atenções dos crimes que cometem, atribuindo a quem faz os alertas, as denúncias crimes que nunca cometeram, exceto o de serem intelectualmente mais preparados do que aqueles que se consideram vítimas de preconceitos, de calúnias, injúrias e difamações.
Embora tudo o que digitei não chegue em forma de mensagem clara para esses ignorantes, aqueles que têm um preparo intelectual melhor, certamente, estão entendendo o que quero dizer. Infelizmete, minha redação é tortuosa e, costumeiramente, não consigo separar todos os conceitos que emito em novas inserções. Desse modo, apenas os de melhor preparo intelectual, que aprenderam, de verdade, a ler e a escrever, conseguem fazer as separações e as conexões (sinapses) com as demais informações do dia-a-dia que a imprensa livre nos fornece. Até mesmo porque absorver todas as informações, filtrá-las, detectá-las como de serviço público ou a serviço de "particulares" é uma árdua tarefa intelectual, de cujas armadilhas nenhum veículo de comunicação esteja livre.
Tal como na vida particular, profissional ou social, temos que ser muito hábeis em detectar aqueles que gravitam ao nosso redor como confiáveis ou não confiáveis.
Muito bem! Posto tudo isso, a imagem da porta-bandeira, agora, passa a ser a representação do crime organizado. Os mestres-salas, aqueles que reverenciam, fazem piruetas, sem nunca perder de vista ou dar as costas à porta-bandeira são os lacaios do crime organizado.
Hackers, crackers, pichadores, além de piolhentos (produto da corrupção que desmantela o Estado, que inverte todas as noções morais, deturpa-as para que sirvam a seus propósitos particulares) são, também, mestres-salas dos patrões do crime organizado.
Patrão do crime organizado é, sempre, tiny man, huge ego (precisei fazer uma nova construção de oração, pois teria que consultar material didático para confirma se o plural de ego, em inglês, é egoes ou, se por ser palavra de origem latina faz o plural apenas egos) e, embora homem pequeno (em estatura física) costume, desde a infância, ser marcado como "de pênis pequeno" e o conceito geral é de que "tamanho é documento" e "documento" tem conotação sexual), apesar de acreditar que complexo de inferioridade afete, inclusive o intelecto e o desempenho sexual, de modo geral tiny man, huge ego deverá ser entendido, como expliquei em inseção anterior, como homem (homem e mulher, no sentido Homem) de restrita capacidade intelectual que se satisfaz em ter poder por meio de dinheiro e de tráfico de influência.
Tanto hacker, cracker quanto pichadores prejudicam propriedades públicas e propriedades privadas (particulares para os menos dotados de intelecto), portanto, no dia em que um pichador (ou um hacker ou um cracker) produzir, de verdade, algo que beneficie toda a sociedade em que vive, todo o país em que vive, algo que beneficie o mundo inteiro, no meu caso particular, se minha propriedade for pichada, serei a primeira a proteger esses criminosos, por meio de ação judicial, provando à Defensoria Pública que prestaram, de fato, serviços e pagarei por suas produções, no caso dos pichadores, como produção de arte.
Por enquanto, pichadores apenas vandalizam bens públicos e privados, demonstrando o nível intelectual de quem os pariu (zero) e de escolas que freqëntaram ou foram impedidos de freqüentar. Que esses piolhentos, esses lesados pela corrupção encontrem outra maneira de protestar, porque vandalizar bens públicos e bens privados apenas atrai a ira dos que nada devem à sociedade, mas sofrem as conseqüências do poder do crme organizado.
Tá contaminado! Tá tudo contaminado pelo crime organizado.
Surrupiei uma obra de arte, do Blog do Josias de Souza, um dos textos de Josias de Souza será minha próxima inserção, que mostra inúmeros volumes de processos judiciais jogados num local, esquecidos, que, em vez de estarem produzindo justiça, estão sendo "esquecidos" de propósito, pois se fossem alvos de continuidade, condenariam os criminosos que criam, muito mal criados, os hackers, os crackers e, em especial, os pichadores, os ladrões que invadem nossas propriedades e, além de furtá-las, as vandalizam. Precisam, de alguma forma, demonstrar seus ódios, suas rebeldias, como são marginaizados. Só que nem o direito  de aprender a demonstrar essa marginalzação, essa rebeldia, esse ódio contra a classe média (o alvo preferido das outras duas classes, a pobre e a rica) tiveram.
Garanto, sem medo de estar mentindo, que Agenor Bernardini, Adalgisa de Souza Bernardini e os filhos jamais participaram de atos criminosos que geraram e geram os piolhentos.
O crédito da ilustração a ser inserida é de L/Georges Rado.
 

Tiny man, huge ego ou homem pequenino, ego imenso quinta-feira, jun 28 2007 

Tiny man, huge ego

            Frase dita no filme “O diabo veste Prada” pelo assistente direto da “diaba”, no meu modo de entender, tem vários significados. Para mim, significa que os medíocres, aqueles de intelecto de substrato de pó de ameba, usualmente se consideram muito, se têm em alta consideração, não respeitam diferenças de pensamento (principalmente as diferenças dos que não são medíocres) e, infelizmente, constituem a maioria absoluta das pessoas.

            Não acredito que se refira a estatura física, mas à estatura do intelecto, normalmente “invertido”. São os que se consideram acima dos outros, seja porque, de modo medíocre, conseguiram “pudêr” seja porque se abaixam tanto, abaixam as calças (masculinas ou femininas) e entregam o que não deveriam entregar, tornando-se “devedores”.

            Costumam resolver seus recalques pelo modo mais perverso: sublimam o complexo de inferioridade por demonstrações de “pudêr” econômico e, conseqüentemente, como a maioria é medíocre, estatura intelectual medíocre, por tabela, conseguem “pudêr” de mandar e desmandar.

            Arregimentam os lacaios em qualquer lugar da sociedade, abrangendo, certamente, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário (quando não são membros desses poderes) e dominam a sociedade civil, constituindo a maior parte do crime organizado.

            Tiny man, huge ego, tradução literal “homem minúsculo, ego enorme”, refere-se, portanto, à mediocridade moral que se abateu sobre o País, em que “os mais espertos da sala” mandam e desmandam. Como mediocridade não se corrige, é pau que nasce torto e morre torto (sem alusão sexual) os medíocres deslumbrados obedecem aos que têm mediocridade moral sem pestanejar: em troca de míseros reais ou de, que deslumbre, fazer parte do círculo dos medíocres morais.

Chefe do Deic, em SP, é sócio de empresa de segurança quinta-feira, jun 28 2007 

Chefe do Deic, em SP, é sócio de empresa de segurança?

(Manchete da página inicial do UOL. 28/06/2007, extraída do jornal Folha de São Paulo)

 

Já enviei mensagem à Folha de São Paulo on-line, pedindo permissão para transcrever (leia-se copiar e colar) textos da Folha de São Paulo on-line, porque as restrições ao uso de textos jornalísticos, de editoriais, mesmo que sejam textos de não-jornalistas, mas de colaboradores, são bem restritas. Não recebi resposta alguma, portanto, não transcreverei esses textos – para não fazer a alegria do crime organizado, que perde um tempo danado comigo, tentando me fazer cair em armadilhas para que eu seja alvo de processo – mas tomo a liberdade – porque considero meu direito constitucional o de emitir uma opinião pessoal e intransferível sobre o assunto abordado em “Chefe do Deic, em SP, é sócio de empresa de segurança”.

            Estou tão chocada com a manchete, e não há como duvidar dela, pois faz parte de denúncia ao Ministério Público, ou seja, não é “nota plantada” com intuito de desmoralizar por desmoralizar, que retomo um assunto que abordei há pouco tempo, quando fiquei sabendo que há “cursinhos preparatórios” para mascarar a realidade do ensino público e do privado. Trata-se do assunto de que há “cursinhos preparatórios” para que os participantes tenham melhores resultados no Enem – Exame Nacional do Ensino Médio – implantado, exatamente, para avaliar as condições de aprendizagem dos alunos de escolas públicas e particulares, no final do Ensino Médio (antigo Colegial, 2.º Grau). Ora, se os educandos, que têm condições de pagar por um curso preparatório por um exame que, inclusive, conta como créditos para o Vestibular, mascaram os desempenhos de escolas públicas e de escolas privadas, então, nunca haverá perspectiva de melhorar absolutamente nada nem de cobrar que as verbas destinadas à EDUCAÇÃO FORMAL sejam corretamente distribuídas.

            O que se nota, na verdade, há muitos e muitos anos, é que todos querem ganhar dinheiro de alguma forma e NÃO PRESTAR OS SERVIÇOS PARA OS QUAIS FORAM DESIGNADOS POR MEIO DE CONCURSO OU DOS ASQUEROSOS “CARGOS DE CONFIANÇA” OU PARA OS QUAIS TENHAM ABERTO UMA EMPRESA – no caso específico, aberto escolas particulares para esse fim – e, desse modo, qualquer um se considera no direito de burlar todas as normas de cidadania ou de capitalismo selvagem (ups! Capitalismo selvagem não tem regras e normas; tem apenas um objetivo que é o de ganhar dinheiro e os otários que recorrem aos serviços deles que se ardam). Para conseguir esses objetivos, certamente, esses “traders” tupiniquins conseguem até financiamento junto aos órgãos que deveriam investir no SOCIAL e beneficiar toda a sociedade, principalmente aqueles que cumprem as obrigações e não recebem os serviços que, supostamente, o dinheiro dos impostos, taxas e afins deveriam financiar.

            Ainda sob o impacto dessa manchete de que chefe do Deic é sócio em empresa de segurança, começo a ter a impressão de que a Polícia, de modo geral, não presta os serviços que deveria prestar – por força de Constituição Federal, de Constituição Estadual e por aquela que rege os municípios, de cujo nome não me lembro, não apenas por questão de falta de investimento e de emprego correto da verba destinada à Segurança, mas porque o excelente desempenho de todos os níveis de polícia (federal, estadual, municipal) tiraria da “boquinha faminta” do crime organizado uma de suas melhores fontes de renda: empresas particulares de segurança.

            Que horror, que vergonha! Sinto-me ultrajada pelo fato de um funcionário público estar ganhando dinheiro às custas da desgraça social. Foram os corruptos que aumentaram o número dos criminosos. É a corrupção que educa para o mal, pois quem viu os pais honestos morrerem de trabalhar, sem jamais obter o retorno que é o cumprimento dos direitos de cidadania, passa a considerar que não vale a pena trabalhar de modo honesto, pagar os impostos e nunca conquistar os direitos mínimos de cidadania nem poder exercê-la, pois os corruptos e corrompidos estão muito ocupados em aumentar o capital obtido de modo selvagem.

            Que esse chefe do Deic receba punição exemplar, pois é um dos corrompidos pela realidade de que funcionário público nunca terá dinheiro para morar em condomínio fechado, pertencer a associações fechadas. Também, não precisa tanto, é o meu modo de pensar, basta ter Qualidade de Vida no Trabalho, que engloba condições ideais de trabalho, salário justo pela função que exerce, viver a vida de modo saudável e, principalmente, dar ótimos exemplos para os filhos, netos, bisnetos e, assim, a sociedade se torna mais justa, o Estado se torna mais justo, o País se torna mais justo e o mundo, estupefato, procurará seguir os mesmos bons exemplos.

            Todavia, medíocres – tiny man, huge ego – explica por que os medíocres sonham alto e, para realizar os sonhos, pisam em quem estiver no caminho e transformam o País inteiro em um bando de otários.

            Melhores explicações na próxima inserção: Tiny man, huge ego.

            Continuo extremamente chocada com a manchete “Chefe do Deic, em SP, é sócio de empresa de segurança”, porque antevejo as conseqüências se mais funcionários públicos do Judiciário, em todas as cidades do Brasil, estiverem procedendo da mesma forma. Assim, não há corporação policial que se sustente e justifica tantos Boletins de Ocorrência que tenho registrado e nenhum teve seqüência, ao passo que UM Boletim de Ocorrência registrado contra mim foi resolvido em menos de quinze dias: fui chamada à Delegacia, denunciada por um esquizóide e sua namorada de sobrenome muito notório, na metrópole de Itu, notório por um sobrenome que sempre viveu às custas do dinheiro público de dos “bons contatos” com integrantes do Executivo e do Legislativo “da hora”, e como digitei, essa denúncia teve prosseguimento em menos de quinze dias.

            Enquanto isso, a chácara de nossa família, à mercê de empresas de segurança que querem que paguemos pela segurança (construir muros, instalar cercas elétricas, câmeras de vigilância, pagar pelo monitoramento, pagar por segurança motorizada que, na hora da ocorrência, nos orienta a fazer Boletim de Ocorrência, dá recado para ser dado ao delegado, se o mesmo aparece na Delegacia, caso contrário, dar o recado para o escrivão que redige o Boletim de Ocorrência) e, mesmo que peguemos o ladrão, na unha, o máximo que será feito será identificá-lo, ou que nome tenha no linguajar jurídico – mandá-lo embora, porque o investigador, quiáquiáquiá, dará procedimento às diligências. Ora, a chácara é residencial, não dá lucro, só despesa – mas foi adquirida de modo honesto e tem toda a documentação e paga os impostos e taxas – e fica a dúvida: de onde tirar dinheiro para sustentar os “traders tupiniquins” que não garantirão, em absoluto, a segurança do imóvel?

            Claro, otária, vendendo o imóvel para quem não tem como justificar o dinheiro sujo que tem, que usará “laranjas” para adquirir o imóvel por um preço bem baixo e o repassarão por um preço absurdo. As imobiliárias de todo o País que expliquem melhor essa tática do crime organizado.

            Por que não alugar o imóvel, então, por um preço bem acessível, pois, pelo menos, haverá pessoas tomando conta do imóvel? Porque quem aluga por preço bem acessível, menor do que o imóvel vale, está financiando as ações do crime organizado, que instala, no imóvel, centrais clandestinas de telefone, de transmissão de energia elétrica, de consumo de água. Só os criminosos lucram e os donos do imóvel ainda correm o risco de os criminosos venderem o imóvel à revelia deles. Se deixar o IPTU para ser pago por quem aluga, está tudo danado, porque os criminosos que se aboletam em Prefeituras – por isso se chama crime organizado, os parasitas ocupam todos os setores da sociedade – conseguem com que o imóvel seja “repassado” de propriedade, vai a leilão, um dos criminosos aboletados em todos os setores da sociedade se apropria dele.

            Nossa, que imaginação fértil a minha! Como explicar, então, que a pavimentação em frente ao referido imóvel que tem sido invadido mensalmente, furtado, alvo de vandalismos, como arrancar o lavatório do banheiro social e atirá-lo do alto de uma das janelas de um dos dormitórios, tenha sido “de grátis”, sem saneamento básico, energia elétrica e as máquinas que “abririam” o leito da pavimentação estavam para derrubar uma cerca de aramado construída no ano anterior e, questionado, o secretário de obras ousou sugerir que a faixa atingida pelo alargamento fosse “incorporada” à pavimentação, sem pagamento de indenização?

            Nossa felicidade é que, apesar do imenso número de calhordas, os Anjos da Guarda que nos respeitam, pela memória de Agenor Bernardini e de Adalgisa de Souza Bernardini, felizmente pais desta família, nos avisam a tempo. O que não impediu o crime organizado de deslumbrar nosso caseiro (que morava de graça, não pagava consumo de água nem de luz, com assinatura de telefone para emergência, recebendo salário para serviços mínimos de vigiar a propriedade e mantê-la sem mato, impedir a entrada de estranhos) e torná-lo um gigolô de serviços terceirizados, recendo, por fora, para nos prejudicar e ajudar o crime organizado. Adoraria que o ex-caseiro em questão me processasse, pelo menos saberia o paradeiro dele, para pedir os nomes de todos os calhordas que enfiou lá na nossa ausência, de todos os calhordas a quem obedeceu com o objetivo de nos dar só prejuízo, para que jogássemos a toalha e vendêssemos o imóvel, e, principalmente, para prestar contas de onde veio o dinheiro para suas negociatas e por que saiu do serviço como caseiro de um modo que parecia que o diabo estava atrás. Agora, ex-caseiro, qualquer um que se apresente como candidato ao serviço, terá que esperar que coloquemos a moradia em condições habitáveis, refazendo todo o serviço da parte elétrica (que foi colocada em absoluta ordem antes de sua entrada), que serviu, também, para que ganhasse um “extra”, porque o que o caseiro ganhava como aposentado, sem pagar por moradia e as despesas dessa moradia, além de um salário mínimo, com férias, décimo terceiro, e, assim mesmo, teremos que fazer uma pesquisa, pedir folha corrida, para saber a quem serve como lacaio, antes de exercer o serviço para o qual foi contratado.

            Diante da manchete do chefe do Deic que é sócio de empresa de segurança, terei que procurar os “patrões” do próximo caseiro dentro do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e em todos os demais setores da sociedade.

            Agora, entendo, também, por que, ao entrar em portas giratórias de bancos, fico presa! Medíocres controlando o botão que trava e destrava, a serviço de empresas de segurança que têm, como sócios, pessoas que não poderiam ser sócias de empresas de segurança, pois se prostituem e não prestam os serviços públicos que deveriam prestar.

            Como no caso de funcionários do Quadro do Magistério (de qualquer hierarquia) que “boicotam” o serviço para favorecer terceiros, a quem reclamar pelas péssimas condições de trabalho? Ao Sindicato? Já liguei para a Apeoesp, pois estou sendo punida, financeiramente, por não ter optado para receber minha aposentadoria pelo “banco oficial”, estou tendo que deixar, do meu salário, doze reais por taxa de manutenção (já redigi um requerimento, pedindo, por escrito, explicação para isso) e a Apeoesp, além de não tocar no assunto, por meio dos Boletins, contatada por telefone, Salto / SP, até agora não deu uma resposta sequer. Telefonei para o Departamento Jurídico da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo e, ao ser repassada para ele, aguardei por quase cinco minutos o telefone tocando e ninguém me avisou, pelo menos, que, no Departamento Jurídico “não tinha ninguém”.

            Ou o telefone de minha casa está grampeado por uma dessas empresas de segurança com sócios do Poder Judiciário, do Poder Executivo, do Poder Legislativo e as ligações são desviadas por centrais clandestinas? Ah, é, a Telefônica garante que não existem centrais clandestinas na metrópole de Itu. Mas tem funcionário que pertence ao crime organizado. A Operação Hurricane (se não estou enganada: correção, Operação Têmis) provou isso.

            Tá contaminado, tá tudo contaminado! São os que mais privatizaram as empresas que não cumpriam as funções por falta absoluta de investimento e de falta de vigilância sobre o dinheiro que deveria ser destinado a elas mesmas. A desconstrução do Estado vinha se arrastando há longos anos. Deram o golpe fatal, privatizando o que não poderia ser privatizado, em vez de auditorar as empresas privadas que não pagavam impostos ou os pagavam para corruptos. Quero que FHC e o PSDB, os que mais privatizaram e fizeram contratos para privatização para valer após o término de seus mandatos, vão, inteiros, para as PsQosP. Não vigiam ou não querem vigiar o que os integrantes do crime organizado, concursados ou ocupantes de cargo de confiança fazem contra a sociedade inteira, em benefício de pouquíssimos.  

             

Crédito para plano de fundo quarta-feira, jun 20 2007 

Em www.msn.com, busquei imagens jpg e encontrei este endereço para salvar, no micro, planos de fundo:
 
Castleberry Arts Web Graphics
 
 
Há permissão para que utilizemos planos de fundo, mas os demais itens devem ser por meio de associação e compra de CDRom.
 
Portanto, os planos de fundo que passarei a utilizar, a partir desta data, são direitos da Castleberry Arts Web Graphics que salvei no micro.
 

A face mutante da Europa – em inglês do www.msn.com quarta-feira, jun 20 2007 

Reage, Brasil! – de Pedro Simon domingo, jun 17 2007 

Esta inserção deu aquela mão-de-obra, mas não terei página ou blog em provedor que, desde que me associei a ele, me tratou, como diz o José Simão, "com nojo de nóis" e permitiu com que os piolhentos que trabalham – terceirizados, com certeza – recebessem todas as minhas reclamações e as tratassem como se o suíno capado-mor é que pagasse melhor por fora.

Reage, Brasil!

De Pedro Simon

 

Só para variar, um dos expoentes máximos da vida político-partidária do Brasil (apesar do lamentável partido a que pertence, mas não por culpa dele; afinal, meu pai, também, foi um dos primeiros integrantes, portanto um dos fundadores, do ex-MDB em Itu e, mesmo com a “nova” sigla – PMDB – não se prostituiu – bem como meu pai jamais se prostituiu – nem tornou-se PSDB – bah, chê, vade retro, chê), a saber, PEDRO SIMON, expressou-se, muito antes de mim e com melhor capacidade, a respeito do limite perverso entre ser cidadão e ser inerte piolhento (lesado pelo crime organizado que afana e faz uso pessoal de dinheiro público). Se o PMDB ainda tem alguma credibilidade, deve-a a cidadãos como PEDRO SIMON que, sempre que se candidatar a Presidente, mesmo que tenha apenas dois votos, pode contar que um foi meu.

Uma das mais atrozes dores de alma é assistir os bens imóveis de minha família – todos adquiridos por meios lícitos, honestos, com impostos em dia) serem destruídos, vandalizados, invadidos, furtados pelos lacaios piolhentos do crime organizado e as autoridades acionadas por devidos Boletins de Ocorrência continuarem inertes, como se estivessem lucrando com isso. Será que pensam que os especuladores de imóveis entregarão esses imóveis a elas? Continuem a sonhar, suínos capados, pois a antropofagia faz parte do ritual do crime organzado. Por esse motivo são chamados, por mim, de suínos capados: porque estão sendo "cevados" e serão abatidos quando o crime organizado considerar ser o momento correto, pois são "descartáveis".

Tem gordo, tonto, cujo cérebro está tomado pela gordura, sendo convencido de que suíno capado é para ele, porque é gordo. Não, suíno capado, você não é necessariamente gordo, basta ser lacaio do crime organizado ou lambe-botas ou subalterno que, quando eu entro no recinto, quer mostrar serviço para o "patrão" que você sabe que está me acompanhando.

 

Reage, Brasil!

PEDRO SIMON


Não creio que as mudanças venham de dentro para fora. Daí a conclamação. Que o povo brasileiro ocupe as ruas e exija mudanças de atitude


EU TIVE o cuidado, nesses dias, de reler os meus pronunciamentos, nos últimos 15 anos, sobre corrupção e desvios de recursos públicos. Fiquei, primeiramente, impressionado com a quantidade. Mas o que mais me impressionou nessa minha volta a um passado não tão recente é a atualidade de todos os meus discursos. Eu poderia escolher, aleatoriamente, qualquer um deles e repeti-lo, hoje. Mudaria o nome da operação da Polícia Federal ou o da CPI. O dos atores envolvidos, nem sempre.
Imagine a implantação, como eu defendi, já em 1995, da chamada CPI dos Corruptores. Na verdade, ela se confundia com uma CPI das Empreiteiras, tão reclamada agora. A comissão morreu no nascedouro, pela falta de vontade dos partidos e dos líderes partidários de investigar os desvios que, já então, povoavam a imprensa.
Se ela se concretizasse, não haveria hoje, quem sabe, necessidade da Operação Navalha, nem da Xeque-Mate, nem das outras operações e CPIs anteriores, como a dos Sanguessugas, a das Ambulâncias, a do Mensalão, a dos Correios, a Furacão, a Gafanhoto, a Matusalém, a Anaconda e tantas outras, com suas respectivas e criativas nomenclaturas.
Não sei quantas operações ainda virão. Nem como se chamarão. Nem quantas CPIs ainda se instalarão. Nem como se comportarão. Espero que não se esgote a criatividade da PF. Nem as minhas esperanças.
Não tenho nenhuma expectativa de que as mudanças que a população tanto reclama, em termos de valores e referências, venha a ser concretizada de dentro para fora. As últimas pesquisas de opinião pública dão conta de que essa mesma população também não acredita mais nas suas instituições públicas. É que nunca, em nenhum momento da nossa história política, os três Poderes da República estiveram tão contaminados pela corrupção. Há um poder paralelo, que se entranha no Congresso, no Executivo e no Judiciário, que faz com que as instituições públicas percam a legitimidade diante da sociedade civil.
É por isso que, apesar das nossas melhores intenções, não há que esperar, a partir do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, pelo menos no curto prazo, as mudanças políticas, obviamente no espaço democrático, que a sociedade tanto reclama.
Ocorre que a realidade brasileira, hoje, tamanha a barbárie, não pode esperar mudanças além do curto prazo. E, aí, há que ter uma imensa mobilização de fora para dentro.
É preciso que o povo seja, de fato, senhor da história. Sujeito, e não objeto. É preciso que a sociedade brasileira volte a exercitar a força das ruas.
Um movimento, que poderia orientar-se sob o lema "Reage, Brasil". Ora, um país com tantas e tamanhas riquezas como o nosso não pode permanecer mergulhado na barbárie.
Não pode conviver com a corrupção, com a miséria e a pobreza, com a violência, com o analfabetismo e com tão precárias condições de vida.
Por isso, a conclamação. Que a população brasileira ocupe, de novo, de maneira pacífica e democrática, as ruas e exija mudanças de atitude dos gestores da coisa pública, em todos os níveis. Que reclame por uma reforma política que legitime, verdadeiramente, as suas instituições democráticas.
Que imponha o término da corrupção. Que obrigue o fim da impunidade, principalmente para quem se locupleta com o sagrado dinheiro público. Que reconstrua um Estado em novas bases, verdadeiramente voltado para a democracia, a soberania e a cidadania. E que as leis busquem, de fato, o interesse coletivo, e não a sanha perversa de alguns. E que todos sejam iguais perante a lei, como determina a nossa Constituição Federal.
Ainda está presente na nossa memória o movimento das Diretas-Já, que marcou um dos momentos mais sublimes da nossa história e deu suporte para a abertura política e o resgate das liberdades democráticas.
Quem não se lembra dos jovens caras-pintadas, movimento que também ocupou as ruas de todo o país na luta contra a corrupção? Quem não se lembra de tantos outros momentos em que a sociedade ditou, verdadeiramente, os melhores rumos para a construção da história do país?
É hora de a sociedade organizada reagir. A partir dos movimentos das igrejas, das escolas, das famílias, dos sindicatos, das organizações de classe. Reagir, em todos os sentidos da palavra e da ação: de demonstrar reação, de protestar, de se opor, de lutar, de resistir. De agir, de novo.
A decência vai aonde o povo está.


PEDRO SIMON, 77, advogado, é senador da República pelo PMDB-RS. Foi líder do governo no Senado Federal (governo Itamar Franco), governador do Rio Grande do Sul (1987-91) e ministro da Agricultura (governo Sarney).

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal [Folha de São Paulo]. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1706200709.htm

  

Falando sobre Operação desmantela quadrilha de lavagem de dinheiro – Artigo domingo, jun 17 2007 

 

DÁ-LHE, POLÍCIA CIVIL!

Que a atuação dos policiais civis íntegros comece a constranger e encurralar – no fundo de celas abarrotadas e sem condições de acomodar e reeducar criminosos que estão cumprindo suas penas – aqueles parasitas que não pertencem à corporação, mas estão nela a serviço do crime organizado.

Espero, com toda a esperança que ainda resta em mim, que consigam, juntos, unidos pelo senso de cidadania, aquilo que não consegui sozinha, ou seja, que a função primordial dos educadores, como a dos policiais, não é a de punir, simplesmente, mas a de prevenir comportamento criminoso, a de educar para que a sociedade inteira deixe de pensar que a única oportunidade de ascensão é recorrer ao crime.

Aqueles que se pronunciam temerosos do "Estado policialesco" precisam, urgentemente, de uma reflexão pessoal sobre como ajudou – e muito – para que esse temor esteja para se tornar realidade. A função da polícia é de repressão ao crime. A função da escola é a de educar para que os educandos exerçam a cidadania. São quantos trocentos anos mesmo de sucateamento da orgnaização pública, de desvio do dinheiro dos impostos para que a organização pública exista e tenha condições de exercer as funções do Estado? Quantos trocentos anos se passaram e a maioria absoluta que tinha e tem o poder para que essas funções se concretizassem, na verdade, colaborou para desmantelar o Estado?

Xô, satanás da PRIVATIZAÇÃO!

(Descobri como funciona, por meio da página inicial do MSN, para inserir textos de interesse público em meu blog. Antes, a mão-de-obra era estafante!) 

O texto abaixo se refere a uma operação da Polícia Civil, aquela que continua a resistir à destruição sistemática que o crime organizado impõe ao Estado, utilizando-se do recurso de INFESTAR todos os setores da sociedade com criminosos.

DÁ-LHE, POLÍCIA CIVIL!

Meu único receio é o de que, apesar de todos os obstáculos e ameaças àqueles que não se renderam à prostituição generalizada, agora, também, a Polícia Civil seja ameaçada de ser "extinta", pois mostra que está contra o domínio do crime organizado.

Por que isso foi digitado? Porque o crime organizado tem espalhado – e os lacaios do serviço organizado são encarregados de usar palavras que os ignorantes – frutos da corrupção endêmica – entendam: quando os interesses do crime organizado são atingidos pelo Poder Judiciário, os agentes responsáveis pela manutenção da ordem pública são ameaçados de "perder o emprego".

Como integrantes do Poder Judiciário íntegros não têm "emprego", mas são concursados e exercem suas funções movidos por dignidade que lhes foi ensinada NO LAR, assistindo aos bons exemplos dos pais e demais familiares HONESTOS CIDADÃOS, ameaça de "perder emprego" é piada de mau gosto.

Mal pagos, sem condições de Qualidade de Vida no Trabalho, sem perspectiva de de promoções por mérito ameaça de que "o emprego será extinto" só é inteligível para "nomeados em caráter de confiança" desonestos, que pulam de setor em setor, de cidade em cidade, dilapidando o dinheiro público com o auxílio de quem os nomeou.

Citação

Operação desmantela quadrilha de lavagem de dinheiro – Artigo

Para saber mais sobre golpes virtuais, lendas urbanas, hoaxes domingo, jun 10 2007 

Um endereço muito útil é:
Porque golpes virtuais não são evitados por antivírus, firewall e outros mequetrefes, mas pelo estado de alerta de não se deslumbrar com golpes e com golpistas.
Não é garantia de que o nosso microcomputador, comprado e pago de modo honesto, fique livre de golpistas, psicopatas e "traders" tupiniquins, mas é mais um recurso para driblar os que querem ganhar, de modo fácil, com dinheiro público, inclusive (ah, não sabia que há sites e até provedores que ganham dinheiro público para aplicar golpes?), de quem, como eu, toma sorvete pela testa.
 
 

Quem se ofendeu por ter sido chamada de feia? domingo, jun 10 2007 

Antes de mais nada, desejo as melhoras de Clodovil.
Inseri, em 14 de março de 2006, meu comentário sobre a peça teatral "Eu & Ela", quando fiquei sabendo que Clodovil seria candidato a deputado estadual.
Sentir-se ultrajada por ter sido chamada de feia é normal e um direito de quem tenha sido alvo dessa injúria.
Fazer disso um momento de repercussão nacional pegou mal, muito mal.
Sabe por quê? Porque é preciso equilíbrio para analisar se não foi apanhada numa armadilha para ser o bode expiatório, a bucha de canhão (sem ofensa, please) de criminosos e criminosas que são desafetos do acusado, para analisar se a injuriada não estava num momento de baixa auto-estima para sentir-se ofendida por ter sido chamada de feia e, principalmente, se não se sente ultrajada por ter que conviver com integrantes do Legislativo que foram alvos de CPI, de suspeitas de crimes – muitos deles renunciaram aos cargos para não serem tirados deles e, depois, retornaram, com a cara de pau peculiar dos "traders" (quem não assistiu ao documentário "Enron – os mais espertos da sala" ou não consegue entendê-lo é porque precisa, urgentemente, de aulas de conhecimentos gerais e de cidadania) concorreram às eleições que os reconduziram aos mesmos cargos do legislativo ou para cargos superiores aos que ocupavam.
É uma pena, mas todos são usados por "traders" tupiniquins como escadas, corrimões, trampolins para que terceiros alcancem os objetivos criminosos de sempre.
Se a ofendida é uma das ferrenhas críticas dos "companheiros" e "não-companheiros" que não deveriam estar no Legislativo, que me desculpe a ignorância, pois eu sou capaz de admitir ignorância.
Caso nunca tenha ficado indignada por motivos menos fúteis que o de ser chamada de feia, que pese bem as conseqüências de sua atitude tão fútil, por motivo fútil e que quase fez com que quem "deve" a apoiasse na condenação do Clodovil.
Espero que tudo tenha parado por ali, pois, certamente, mesmo quem não simpatiza com Clodovil – um direito que assiste a qualquer pessoa – certamente pesará na balança o que se faz com quem não faz parte da "tchurma".
 

Tomara que eu tenha débito no Serasa: farei um pé de meia e tanto, processando quem não cobrou o débito antes de enviá-lo ao Serasa domingo, jun 10 2007 

Não clicar em nada da mensagem que colei abaixo, pois, ao contrário de profissionais, como o do site “Quatro Cantos”, não desativei os locais que “devem ser abertos” e que, certamente, conduzirão os que a eles acessarem a perigos de vírus ou de captação de dados.
Processarei Serasa e quem enviou meu suposto débito ao Serasa (caso o débito exista mesmo): finalmente, terei dinheiro para acabar com o crime organizado! Acreditem, farei excelente uso do dinheiro para promover uma “limpa” que a sociedade inerte não faz!
Recebi, para variar, de suínos capados, impotentes sexuais e intelectuais, uma mensagem que se denomina pulha virtual, com o objetivo de os hackers e crackers conseguirem o que não conseguem pelas vias normais, ou seja, prazer sexual (todos têm “pobremas sequissuais”) e, claro, oportunidade para que sejam cantados em verso e prosa nos bandos e quadrilhas de que fazem parte:
Assim chegou a mensagem e quero mais que não seja golpe virtual, mas verdade, pois farei como os gafanhotos: entrarei com processo judicial, pois, se meu nome foi para o SERASA, o foi indevidamente. Como tenho certeza de que não tenho pendências financeiras (nem fui comunicada de que me “esqueci” de pagar compromissos financeiros), então, golpe virtual, com objetivo de pegar dados arquivados no micro (hahahahaha, meu micro já é uma Casa de Mãe Joana, não sei por que teriam que enviar uma armadilha para captar dados arquivados o micro).
O MAIS INTERESSANTE É QUE, HÁ CERCA DE DUAS HORAS, NA CASA DE UM TIO, EM VISITA A ELE, O ASSUNTO FOI SERASA E COMO UM DÉBITO DE UM REAL E ALGUNS CENTAVOS, NÃO DESCONTADO PELO BANCO, NO ENCERRAMENTO DE CONTA, PODE SER O ESTOPIM PARA QUE O NOME DE ALGUÉM VÁ PARAR NO SERASA. Quando afirmo que há escutas e câmeras acompanhando todos os passos e movimentos, sou chamada de louca, que tenho mania de perseguição.COMO É DIFÍCIL SUPORTAR HUMOR DE SUÍNO CAPADO, calhorda, filho de ameba, mãe barata, pai barato! Eu sou muito cara! Caríssima! Criminoso de qualquer tipo – de colarinho branco ou de colarinho colorido ou sem colarinho não me causa admiração, muito menos ostentação de riqueza – e não serei, jamais, iludida por esses calhordas e por essas calhordas. Triste pensar que mulher que não merece esse qualificação também participa!
Por outro lado, terei mais uma desculpa – além da que uso, a de que nao tenho salário para ter mais de um cartão de crédito – para os telefonemas que oferecem cartões de crédito: direi que meu nome “está no SERASA”, portanto, não sou merecedora de tamanha honraria.
 Hacker e cracker têm uma característca infalível: “pobremas” com o português, seja na redação ou na grafia correta (ortografia).
Aprendi isso em “Quatro Cantos” e, recentemente, mais precisamente em 21/04/2007, entrei em contato com a Microsoft Informática Ltda. e enviei um fax para o telefone (11) 5504.2227 / 2228, pois, numa mensagem, de 19/04/2007, sobre o Windows Live, que recebi por correio eletrônico, li um “descubrindo” que me deixou em dúvida se a mensagem era verdadeira ou um golpe virtual. Você recebeu alguma resposta? Nem eu.
Pendência financeira em seu nome – Serasa S.A.‎
De: Jurídico Serasa (juridico@serasa.com.br)
Risco médio Você pode não conhecer este remetente.
Enviados: quinta-feira, 7 de junho de 2007 20:52:35
Para:
SERASA – S. A. – http://www.serasa.com.br
AUTENTICAÇÃO: 48382332-C000-S88338R7E868E66867RR
CONFIDENCIAL: 166525533344-77777 – SPFOP – BR.COM

RSF5 – CONFIDENCIAL PARA: 18827663 – EXTRATO DE DÉBITO
Prezado cliente,

Comunicamos que consta [sic] em nosso banco de dados várias pendências financeiras em seu CPF / CNPJ, das quais [sic] não foram quitadas nas respectivas datas de vencimento.

Pedimos a vossa [?] atenção a este comunicado, pois, medidas legais serão adotadas, tais como a inclusão em nosso Sistema de Proteção ao Crédito e Bloqueio no Cadastro Nacional de Pessoa Física, bem como no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica [sic].

Visualize o extrato de débitos para maiores esclarecimentos.


Clique no botão abaixo para visualizar o extrato dos débitos.
Ao clicar no link selecione a opção ABRIR,
caso não consiga abrir o arquivo clique aqui.
“AS INFORMACOES [sic] ACIMA, DE USO EXCLUSIVO DO DESTINATARIO, SAO PROTEGIDAS POR SIGILO CONTRATUAL. SUA UTILIZACAO POR OUTRA PESSOA, [sic] OU PARA FINALIDADE DIVERSA DA CONTRATADA, CARACTERIZA ILICITO [sic] CIVIL, TORNANDO A PROVA IMPRESTAVEL [sic] PARA O PROCESSO”.
SERASA – S. A. – http://www.serasa.com.br

Anatomia da corrupção sábado, jun 2 2007 

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=3610

Colunista: Mauro Santayana – 02/06/2007

DEBATE ABERTO

Anatomia da corrupção

No Brasil, os escândalos têm uma função apaziguadora: tão logo um eclode, os outros caem no esgoto do esquecimento. Mais do que demorada, a impunidade aqui tem sido permanente.

Data: 01/06/2007

 

No Brasil, os escândalos têm uma função apaziguadora: tão logo um eclode, os outros perdem a atualidade e caem no esgoto do esquecimento. As revelações da Operação Navalha, da Polícia Federal, fazem esmaecer as falcatruas descobertas durante a Operação Hurricane. E nem se mencionem outras, como a Narciso, que desventrou a famosa Daslu. Os envolvidos nesses escândalos respiram aliviados. Espera-se, no entanto, que tão logo passe a fase aguda da investigação sobre a empresa Gautama, o Ministério Público e a Polícia Federal venham a aprofundar suas pesquisas sobre as falcatruas anteriores.

Há casos que começam a se tornar fósseis, como os da evasão de divisas pelo Banestado, calculadas em 30 bilhões de dólares, e os das privatizações. Como se recorda, a transferência ilegal de dinheiro pela ponte entre o Brasil e o Paraguai foi autorizada por uma portaria do Banco Central, de responsabilidade (assumida em depoimento ao Congresso) do Sr. Gustavo Franco, que presidia a instituição no governo do Sr. Fernando Henrique Cardoso. O Sr. Gustavo Franco continua impermeável como uma folha de inhame, e ainda se dá ao luxo de dar conselhos ao governo atual, como se noticiou. O enfant-gâté dos meios tucanos, fiel a seu ideário, recomendou reduzir ainda mais as alíquotas de importação, a fim de valorizar o dólar. Isso significa diminuir ainda mais os empregos no Brasil e criar mais empregos na China.

                O Sr. Franco é um dos que saíram do governo para administrar grandes negócios, aqui e no estrangeiro. É interessante registrar que o Estado não paga bem a seus altos tecnocratas, segundo reclamações gerais – mas quase todos se enriquecem tão logo deixam a instituição. Recente livro do jornalista Luis Nassif, não contestado até agora, mostra como os autores do plano real criaram expedientes para seu enriquecimento rápido, mediante o Banco Matrix. Um dos exemplos disso: o Sr. André de Lara Resende, filho de um grande e honrado jornalista, que sempre viveu de seu trabalho, tornou-se multimilionário, e resolveu investir seu dinheiro na criação de cavalos na Inglaterra.

Não podemos, como dizem alguns, retornar ao tempo de Tomé de Souza, quando se inaugurou a corrupção no Brasil, com o provedor-mor Antonio Cardoso de Barros sendo acusado pelo governador-geral de desviar o dinheiro da Coroa para enriquecer-se com os engenhos de açúcar que montou. De qualquer forma, de acordo com a versão mais conhecida, Cardoso de Barros foi devorado pelos caetés, juntamente com o bispo Sardinha, quando voltava para Lisboa. Logo, pagou indiretamente por suas falcatruas. Mas, se não podemos retornar ao século XVI, nada nos impede de retornar, pelo menos, ao governo Collor e, de lá para cá, reexaminar todos os casos conhecidos. Muitos crimes já prescreveram, é certo, mas é importante que saibamos exatamente onde se encontra o dinheiro desviado e o que fazem, hoje, os ladrões.

Como ocorreram, realmente, as privatizações? Como foi possível a um grande banco privado participar da avaliação da Vale do Rio Doce e, em seguida, participar do consórcio comprador do controle acionário da mais importante empresa estatal brasileira? Ainda agora, com desplante, a empresa, privatizada, diz desconhecer o poder do Estado de intervir nos negócios da Vale, sempre que o interesse nacional exigir, negando, assim, valor à golden-share, garantia estabelecida no contrato de transferência das ações do Estado aos compradores. A Vale, vendida por pouco mais de 3 bilhões de reais, está obtendo hoje lucros superiores aos da própria Petrobrás. Se os membros do governo Fernando Henrique, envolvidos no programa de entrega, não lucraram diretamente com o negócio, houve, pelo menos, prodigalidade dos responsáveis. E a prodigalidade com dinheiro público é pior do que a própria corrupção, de acordo com a advertência de Richelieu em seu Testamento Político, porque a corrupção tem limites naturais, e a prodigalidade, não.

Sempre se fala em passar o Brasil a limpo, mas essa providência é adiada, porque são eles, os beneficiários das falcatruas, que controlam o Congresso e a máquina administrativa – e que têm aliados poderosos no Poder Judiciário, como os fatos recentes demonstram. É a demorada impunidade dos grandes criminosos que transforma o povo em carrasco – disse, durante a Revolução Francesa, um ano antes de a guilhotina começar a funcionar para valer, um deputado à Assembléia Nacional, Maximin Isnard.

No caso do Brasil, pelo menos até agora, mais do que demorada, a impunidade tem sido permanente. Para ficar apenas nos escândalos dos últimos 17 anos – a partir do governo Collor – a nação não sabe, até hoje, aonde foi o dinheiro arrecadado pelo tesoureiro Paulo César Farias. Para que a grande roubalheira permanecesse oculta (e oculto o destino das centenas de milhões de dólares) foram assassinados Paulo César e sua amante, e até hoje se encontra inexplicável a morte de sua própria mulher. Itamar Franco conseguiu impedir que a sangria continuasse, mas teve que enfrentar no Congresso, o escândalo dos anões do Orçamento, que vinha de muitas legislaturas passadas. Os anões também ficaram impunes. O único envolvido no caso que cumpriu prisão, José Carlos Alves dos Santos, não estava sendo punido pelo fato de haver obtido propina de dois milhões de dólares (encontrados em seu apartamento), mas pelo fato de haver matado a própria mulher.

Durante o governo de Itamar – e isso é incontestável – fechou-se a sangria. As empreitadas caíram entre 15 e 20% de custo. O Presidente criou uma Comissão neutra de investigações, formada por personalidades de firme reputação, a fim de apurar as denúncias contra o poder executivo. Nos meses em que atuou, a Comissão iniciou a investigação de várias denúncias, envolvendo empreiteiras, parlamentares e funcionários da União. Ao entregar o governo para o Sr. Fernando Henrique, em janeiro de 1995, Itamar passou-lhe o relatório preliminar da Comissão. Ninguém sabe onde se encontra esse relatório, e a Comissão foi extinta, como um dos primeiros atos do novo governo.

Iniciou-se, então, aquilo que podemos qualificar como a corrupção legalizada. O projeto neoliberal, vindo de fora e alegremente assumido pelo então presidente, impunha várias emendas à Constituição. A primeira delas era a da reeleição, para que houvesse continuidade na entrega da soberania nacional a Washington e na destruição do Estado nacional independente. Em seguida, fazia-se necessária a privatização das grandes empresas estatais, que constituíam a ossatura e os nervos da nação, como estrutura estratégica e base para o desenvolvimento tecnológico. Foi assim que o governo Fernando Henrique entregou todo o sistema de telecomunicações, a indústria química de base e a Vale do Rio Doce. Só não conseguiu destruir totalmente o sistema energético porque, assumindo o governo de Minas, Itamar ameaçou resistir, manu militari, à entrega das usinas instaladas em seu estado.

Os escândalos estão aí. Todos os conhecem, da pasta rosa ao Proer; da doação do Bamerindus, sob intervenção do Banco Central, ao HSBC; do Sivam aos estranhos negócios do Sr. Daniel Dantas; do caso Cacciola à compra de votos para a emenda da reeleição. Arrastam-se, na Justiça, numerosas ações populares contra a venda da Vale do Rio Doce e das empresas de telecomunicações. E o Sr. Fernando Henrique se dá ao desplante de afirmar que não houve roubalheira no processo de privatizações. Por que, então, seu Procurador Geral da República mandou arquivar tudo o que pôde de denúncias contra o governo? Por que ministros do STF, de sua nomeação, se esmeraram em pedir vistas de alguns processos, e não os devolver antes dos prazos de prescrição?

Se a gente pensar bem, a sociedade brasileira não está dividida exatamente entre a esquerda e a direita, nem, mesmo, entre ricos e pobres. Está dividida entre os corruptos e corruptores, com seus protetores, de um lado, e os cidadãos, ricos e pobres, conservadores ou não, que trabalham honradamente, do outro.

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Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.

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