Arquivo de 17/03/2003. Apaguei da memória se foi colocado em prática, pois minha aposentadoria, a meu pedido, foi publicada em 15/03/2003 e, planejar e colocar em prática uma atividade, na escola “Pinheiro Júnior”, era um inferno: quando eu chegava na sala de aula, com todo o material debaixo do braço, para que fosse aplicada, havia, sempre, um transtorno, tais como, rebelião de alunos (contra mim, antes de expor, por escrito, o conteúdo da atividade, o que demonstra que já era de conhecimento do crime organizado), palestras de pessoas vindas de Sorocaba, principalmente (sei de cor e salteado as palestras sobre educação sexual e educação bucal), portanto as aulas daquela noite estavam comprometidas e outras desventuras mais. Nunca desci do salto ou das tamancas. Certamente, aquelas experiências nazi-fascistas serviram para que alguém defendesse tese de mestrado, de doutorado e publicasse muitos livros às custas das torturas impingidas em mim. Além disso, assistia a tudo como se fosse um grande teatro, com péssimos atores e piores diretores ainda, deturpando as personalidades mal formadas dos alunos e dando péssimos exemplos de como é “fazer sucesso” sem muito esforço, às custas de cobaias competentes como eu. Tenho, certamente, as cópias, ainda, dessas folhas que distribuiria aos alunos, pelo menos tenho, ainda, o que foi arquivado em disquete. O material era, então, deixado dentro do armário do professor (os da manhã tinham acesso, os da tarde também), para não trazer aquele peso todo de volta para casa e, conseqüentemente, tenho muitos indícios de quem era lido, copiado e, depois, pasmem, usado CONTRA mim. Passei, então, a dar uns “coices”, por escrito, e a utilizar-me de ironia, para que quem mexia em meu material soubesse que eu sabia disso. No entanto, criminosos não têm “semancol” por causa da impunidade e da certeza de que estão muito bem “escorados” pelos “patrões”.
Neste momento, considero absolutamente oportuno o que aprendi (algo que sempre fiz e continuarei a fazer na vida) com leituras de crônicas, por exemplo, com informações que não obtinha por meio das leituras especializadas, a respeito de segurança em informática, por exemplo.
Lembram-se da “passagem do século”, comemorada entre 1999 e 2000? Havia o “bug” do século e todos os micros do mundo ficariam danificados. Foi um horror! Ao ler uma crônica de Nélson Piquet, na época no jornal O Estado de São Paulo, dá-lhe, Nélson Piquet, a respeito do assunto, havia uma referência muito simples com relação à manutenção das informações mais preciosas, no meu caso, os documentos arquivados no micro. No caso de empresas, um disquete, claro, não seria suficiente, mas deveria ter recursos adequados. Era fazer “back-up”. Pobrezinha de marré, marré, marré, meu único “back-up” poderia ser dos documentos em disquete e entregar o micro nas mãos de Deus, caso tudo se apagasse e fosse para o “buraco negro” no momento da “passagem do século”. “Ingnorante”, até então, comecei a passar TODOS os documentos para disquete, pois não tinha esse cuidado com todos. E, para mim, as preciosidades eram minhas atividades pedagógicas e as informações que estruturava de meus familiares, para, mais tarde, escrever a memória da família.
O “século passou”, meu micro estava conectado à Internet, não perdi o conteúdo do micro, exceto para, posteriormente, invasores que provocaram a reformatação de micros por cerca de quatro vezes (o antigo e o mais recente). Com relação a isso, cada técnico em informática era um “dotô” no assunto e sugeria que programas colocar, que provedor acessar, sem contar que, inúmeras vezes, todo o conteúdo do “hardware”, antes da reformatação ou após a reformatação, foi “chupado” para entrega a patrões do crime organizado. Muitas e muitas vezes, apesar de apagar o histórico da Internet com freqüência, afirmo que esses “técnicos” deixaram rastros, adwares, vírus maliciosos que não só permitiam que, assim que eu ligasse o micro, era detectada, seguida e o conteúdo surrupiado de imediato. Depois, em reuniões de HTPC ou em sala de aula, os professores e os alunos apresentavam aquele ar “blasé” de quem não estava lendo nem ouvindo nenhuma novidade. Consegui não permitir que minha auto-estima fosse destruída (como destruíram a de minha irmã que cometeu suicídio) e não foi por meio de nenhum “salvador da pátria de araque”. Portanto, quando os recados a alunos ou a professores parecem grosseiros, fora do contexto, era defesa antecipada do que me aguardava no momento de aplicar as atividades elaboradas por mim e no momento do retorno dessas atividades, apoiadas em fontes das quais aprendi algo PARA O BEM, nunca para o mal.
Desse modo, resgato as atividades que foram digitadas e impressas por meio de utilização de microcomputador, dos disquetes em que foram arquivadas.
Atividade de redação “Você é outra personagem”
Esta apostila será distribuída (emprestada) aos alunos (aos pares) após terem assistido ao vídeo da PUC/2000 [esse vídeo pertencia ao acervo da escola “Pinheiro Júnior” e foi utilizado em todas as séries para as quais eu ministrava aulas; nele, tudo o que eu tentava passar aos alunos era apresentado de modo concreto]sobre produção de textos. Embora o vídeo se destine a quem prestará vestibular, todos os alunos, independentemente de quererem ou não prestar vestibular, têm o direito de estar informados sobre técnicas de redação e ter a prática de diferentes tipos de redação. Caberá aos alunos aproveitar ou não estas oportunidades de aprendizagem. Como falo, sempre, em sala de aula, ao saírem da escola, quem quiser “cair de quatro” e comer grama, fique à vontade. Porém, cuidado, faltará grama!
Dentre os “pecados” dos brasileiros, na atividade “Os dez pecados dos brasileiros na visão de dez agências de propaganda”, há o pecado de querer, sempre, “Levar vantagem”,
No “Folhateen”, Folha de São Paulo, 17/02/2003, destaco o texto “Arapucas da fama”, que, transformado em apostilas emprestadas aos alunos (texto abaixo e nas folhas seguintes), servirão de texto motivador para uma atividade de redação que será aplicada em todas as séries para as quais ministro aulas, com orientação de Produção de textos do livro didático de apoio, páginas 09 e 10. [Nome do livro didático de apoio já citado em “Redigitação de atividades de livro didático de apoio”; ilustração da capa nesta entrada do Espaço da Maria Lúcia].
ARAPUCAS DA FAMA
Conheça os truques que seduzem os adolescentes com promessas de virar estrelas e aprenda a evitá-los
Sucesso a qualquer preço
FERNANDA MENA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em tempos de celebridades instantâneas, todo mundo quer seus 15 minutos de fama. E quem não tem a sorte (ou o azar) de cair em um "Big Brother" da vida, corre atrás do sonho como pode.
Se o objetivo é ficar famoso, o sonho mais corriqueiro é conseguir exposição na TV, os olhos do mundo. Outro ideal comum é desfilar nas passarelas ou se exibir para as lentes de um fotógrafo. E há ainda aqueles que sonham mesmo em estrelar nos palcos, em brilhar no teatro.
Aí todo mundo pensa que basta ser desinibido e brincalhão ou ter mais de 1,70 metro e menos de 60 quilos para tirar de letra a profissão e começar a acenar nas ruas.
De olho nesse filão, entram em cena agências oportunistas que se valem da ilusão ingênua do sucesso fácil para prometer consagração e seqüestrar um bom número de cifras do bolso de pais desavisados, que pegam carona na empolgação inocente dos filhos.
O esquema é o seguinte: com sedutores anúncios -em revistas, na TV ou em folhetos distribuídos em portas de colégios- as agências recrutam meninas e meninos que têm vontade de tentar a sorte em uma carreira artística. Basta pagar uma taxa de adesão à agência e pronto: você estará cadastrado entre suas "estrelas".
Só que, para "vender" os rostos desses jovens para comerciais, novelas, "folders" etc., os agentes precisam de fotos profissionais: o tal do book. E não adiante ter pai, tia, vizinho ou amigo fotógrafo. O book tem de ser feito na própria agência e custa quanto ela julgar interessante.
Como a maioria das pessoas que caem nas garras desse tipo de empresa do truque não sabe o preço justo (que pode variar de R$ 300 a R$ 3.000), cobra-se um valor bastante alto por um book meia boca: de R$ 600 a R$ 2.000.
Indústria do book
Como se apresenta o book como pré-requisito para o início da busca de trabalhos e ainda se lança mão do argumento de que "o cachê do primeiro trabalho já paga o custo das fotos", há família que faz das tripas coração para conseguir bancar o tal álbum.
"Já vi família vender fogão e geladeira para pagar o book do filho, achando que receberia tudo de volta com os trabalhos. Cheguei a ver uma mãe que interrompeu um tratamento de câncer para fazer o book da filha", conta Tecka Mattoso, 42, atriz e educadora, que deu algumas aulas de interpretação em agências desse tipo.
"Os jovens chegam às agências com muitos sonhos, e elas usam um marketing voltado para esse encantamento. Há fotos de modelos por toda parte, televisões etc. Mas é como se fosse um cenário, entende?", explica Tecka. "Fiz um trabalho de conscientização dos alunos através do teatro. Mas, depois, quando um pai veio tirar satisfação comigo, achando que era eu quem tinha dito ao filho dele que ele iria trabalhar na Globo, que era eu quem fazia as promessas, percebi o quanto estava me comprometendo ao trabalhar ali e saí para fazer um projeto anti-arapuca", conta. Depois dessa experiência, Tecka criou o Núcleo de Desenvolvimento Artístico, que pretende orientar crianças e jovens que queiram ingressar na carreira artística.
Alvos
Como a lógica dessas agências do truque é a dos cifrões, quem paga pode fazer parte da agência, mesmo sem o perfil, o talento ou a vocação necessários aos trabalhos de ator ou de modelo. O resultado é que, depois de pagas as suaves prestações do book, o agenciado cai em um limbo da agência e raramente (às vezes, nunca) consegue trabalhar através dela. Detalhe: de tempos em tempos, o book tem de ser refeito. E, se a ficha ainda não tiver caído, lá vai toda aquela grana de novo.
"O sucesso fácil vendido por essas agências caça-níqueis seduz qualquer um, mas as pessoas de nível cultural mais baixo são os alvos preferidos", explica Débora Rocha, 31, diretora do conselho da Abrafama (Associação Brasileira das Agências e Agentes de Atores, Artistas, Modelos e Figurantes). A organização foi criada há mais de dois anos para valorizar e diferenciar as agências sérias daquelas que são fábricas caras de books. "Queremos formar uma ética e valorizar as agências que direcionam a carreira do artista que estuda e que tem talento", explica. "Muita gente que é dessas agências reclama de que não consegue trabalho. E só de olhar o book dessas pessoas dá para ver que foram feitos nesse tipo de empresa. Aí, a pessoa tem de refazer todo o material, porque são produções muito ruins, que não servem para o mercado real", alerta Rocha.
Vivian Golombek, 40, presidente da Abrafama, completa: "Um book desses poderia custar R$ 50 e já seria caro, porque não serve para nada".
Cortar caminho X enfrentar o trajeto mais duro
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando Mariana (nome fictício), 15, encasquetou que queria ser modelo, sua mãe Juliana (nome fictício), 32, a levou a uma agência pequena. "Falaram que ela era fotogênica sem ela ter feito nenhum teste. Vi um monte de gente lá que dava para perceber que não tinha como ser modelo", conta. "Prometeram divulgar as fotos, mas devolveram o book antes do fim do contrato e inventaram que começariam a trabalhar só com vídeo."
Na segunda agência foi um susto. "Queriam convencer a gente a pagar R$ 2.000 por um book", reclama Mariana. A reportagem do Folhateen encontrou as duas minutos depois de terem fechado com uma terceira agência. "Paguei seis vezes de R$ 130. É um dinheiro que faz falta. Para mim, isso é a compra de supermercado de um mês inteiro."
Joana da Silva, 39, mãe da aspirante a atriz Gabrieli, 13, já caiu na real. "Acho que isso é uma fábrica de dinheiro. E é claro que quem está ganhando vai falar que ela tem jeito. Não fico iludindo a Gabrieli. Que o book sirva de recordação."
Gabrieli quer atuar, mas prefere o caminho mais fácil. "Quero ser atriz. É legal. E uma agência é mais fácil do que uma escola de teatro. Só não é melhor."
Na posição oposta à de Gabrieli estão Francisco Biachi, 17, Paula Novaes Sena, 16, Karyna Bayma, 18, Isabella Mazzco, 17 e Larissa Orlow, 18, alunos do Teatro Escola Célia Helena, cujo curso profissionalizante, de três anos, é um dos mais renomados de São Paulo. Para entrar na escola, é preciso passar por uma série de testes. "Quem quer ser ator tem que estudar, não só pela bagagem técnica, mas pela formação cultural. A carreira já começa na escola, e quem desiste do curso é por causa do tempo apertado, porque não quer estudar, ou porque achava que teatro é gandaia", explica Lígia Cortez, 41, diretora artística da escola.
Para eles, fama é secundário. O importante mesmo é a formação do ator. "A primeira coisa que as pessoas falam quando digo que faço teatro é que eu quero ser famosa", diz Sena. "Mas a gente sabe que o mercado de trabalho é difícil, que ator não ganha muito dinheiro", diz Orlow. "Precisa amar o palco sem pensar na fama", completa Bayma.
Paula Gauss, 22, que já se formou como atriz profissional na escola, lembra como idealizava a profissão no início. "Pensava em fama, em oba-oba. Mas, quando começam os preparos físicos de uma hora e meia, não poder sair a noite para ter voz na manhã seguinte e não ir ao aniversário de sua avó para ensaiar, é que você vê quem tem vocação e vontade."
Conheça o passo a passo para não se perder
DA REPORTAGEM LOCAL
Para você não correr o risco de achar que quer ser ator e se estrepar na hora de procurar uma agência, o melhor é mesmo começar a conhecer esse meio, seus profissionais e suas empresas.
Uma maneira de ter um primeiro contato com o teatro são oficinas e cursos livres que podem dar uma primeira idéia de como é o trabalho de ator na verdade.
De hoje a sexta (21/2), a Carmina Escola de Atores (r. Capitão Prudente, 223, tel. 0/xx/11/3813-2500) promove uma semana de aulas abertas gratuitas das 19h30 às 21h30. A Secretaria de Estado da Cultura abre, a partir de terça (18/2), as inscrições para suas oficinas culturais gratuitas, que incluem aulas de teatro. Informações pelo tel. 0/xx/11/3351-8087.
Para receber uma orientação mais pessoal e explorar não só o teatro mas também outras formas de expressão artística, há opções como o Núcleo de Desenvolvimento Artístico, que tem aulas aos sábados no Teatro Ágora (r. Rui Barbosa, 672, tel. 0/xx/11/3234-0290), e a Casa do Teatro, curso livre do Teatro Escola Célia Helena (tel. 0/xx/11/3884-8214).
Daí até se tornar um ator profissional, é preciso fazer um curso superior ou profissionalizante. Além de um programa mais completo, com aulas teóricas e práticas, o aluno conclui os estudos e recebe o DRT, o registro profissional do ator.
"Quem não tem registro não pode atuar como profissional porque é ilegal. Esse pessoal acaba caindo numa agência qualquer, paga um dinheirão e fica mofando por lá", afirma Iremar Melo, 28, diretor do Data (Departamento de Apoio ao Trabalhador Artista). "As escolas profissionalizantes são todas legalizadas. Cabe ao interessado nos cursos fazer uma pesquisa e escolher a escola de acordo com o seu bolso", diz. O site do sindicato (www.satedsp.org.br) tem listas dos cursos profissionalizantes e livres regulamentados.
A partir deste momento, os alunos sob responsabilidade de Maria Lúcia Bernardini receberão uma folha preparada para a atividade de redação.
Para a produção de texto, os alunos seguirão as instruções de páginas 09 e 10 do livro didático de apoio.
Atenção: Não é para pular linha entre um parágrafo e outro. Embora o texto motivador esteja com essa formatação, isso se deve ao fato de eu o ter retirado diretamente do “Folhateen”, sem redigitar o texto.
Ao terminar a produção do texto, entregue a página que lhe foi emprestada à Professora Maria Lúcia Bernardini, para produzir o texto, porque ficará, após lida, arquivada para o professor que me substituir, após minha aposentadoria, de modo que tenha um diagnóstico de como os alunos de 2.ª B, 2.ª C, 3.ª A, 3.ª B e 3.ª C produzem textos e do que precisam aprender para melhorar suas produções, além, claro, de saber o que os alunos já dominam a respeito de redação.
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