Recebemos, com frequência, anexos em Power Point com propagandas antigas, nossas conhecidas de infância, em jornais, revistas ou de televisão. Recebi, recentemente, um anexo lindo, com mensagem de Natal, com a música da propaganda “quero ver você não chorar, não olhar pra trás nem se arrepender do que faz…” e deixei de postá-lo aqui, apesar da qualidade do anexo, da explicação sobre a autoria do que se tornou um “jingle” por causa das inúmeras fotos de crianças.

Advertência: as ilustrações têm que ser acessadas nas indicações abaixo de TOP SECRET. Amei essa estratégia, pois só devem ser acessadas por adultos cujos computadores tenham permissão para tal. Thank you very much, WordPress, por essa cautela.  

Propagandas Antigas de Natal foi postado em 2008, atualizado em 2009, com créditos para Oddee, que recebi em dezembro de 2010, mensagem eletrônica de Maria Adelaide, no corpo do texto da mensagem, e só agora a estou postando, porque isto é, também, uma chamada para a Superinteressante, edição impressa, de janeiro/2011, edição 287, Cultura, páginas 70 a 75, de título Antipropagandas, cujo “lead” é este: “Nas décadas passadas, ninguém se preocupava em ser politicamente correto na publicidade. Veja aqui alguns dos anúncios mais sem-noção (e engraçados) já publicados”. É na resvista impressa, por enquanto.

As propagandas também evoluem, em todos os sentidos. Como você sabe, propagandas antigas vendiam ópio com indicações de uso para recém nascidos, ou cocaína para crianças com dor de dente. Empresas inescrupulosas sempre afirmaram qualquer baboseira, por mais grosseira que fosse, para vender seus produtos em nome da vantagem sobre a competição e da lucratividade. Mas quando os riscos para a saúde são constatados cientificamente, novas regulamentações são aprovadas para proibir a veiculação indiscriminada de mentiras que podem ser fatais. E os padrões de ética são reajustados para se adaptarem às novas regras. E que hora melhor de atrair o consumidor que o Natal?

propagandas antigas
“Todo mundo adora um bom fumo”

Inclusive Papai Noel, aparentemente. Nas propagandas antigas valia tudo para vender.

propagandas antigas
Se o Papai Noel chegou a 2.000 anos de idade fumando, não deve fazer mal para você.

propagandas antigas
“Um presente para um bom companheiro… Seus charutos favoritos.”

Mais abaixo é possível ler: “Um homem que aprecia charutos, aprecia a vida.”

E não EXATAMENTE O CONTRÁRIO, como se sabe hoje em dia.

propagandas antigas
“Compre selos de Natal. Combata a tuberculose.” É claro. Não poderia ser diferente.

propagandas antigas

“Faça um Natal Feliz [com as meias-calças Mojud].”

Só de pensar que isso já foi impresso é simplesmente estupendo. ‘Bom velhinho’ uma ova! Bem… Ao menos não retrataram ele olhando para cima.

propagandas antigas
“Puxa papai… Uma Winchester!”

Agora eu já posso ir para a escola e dar um fim em todos aqueles vagabundos que vivem pegando no meu pé.

propagandas antigas
“Protetor contra irritação na garganta.” E o Papai Noel fala: “…Fume Pall Mall o cigarro cuja suavidade você pode medir.” E bem abaixo: “Deixe um pacote de Pall Malls dizer ‘Feliz Natal’ por você”

Puxa! Se o Papai Noel fuma certamente a mamãe não vai ligar que eu também fume aos cinco anos.

propagandas antigas
“Não é hora de dar um presente de Natal para si mesmo?” Ou para aquele seu maldito chefe, ou para aqueles colegas presunçosos, ou…

Propagandas Antigas de Natal

Qual é o valor disso tudo?

Tema para discussão é que não falta. O que nos entendia são os chatos de galocha que só criticam, ao contrário da explicação que Miguel Kramer deu, antes de fazer comentários sobre as ilustrações.